O tratamento do AVC em fase aguda é uma emergência médica, e deve ser realizado o mais precocemente possível para reduzir as chances de sequelas neurológicas permanentes. É ideal que o tratamento seja realizado em uma instituição que disponha de uma Unidade de AVC, ou seja, um departamento exclusivo especializado no tratamento dos AVCs em fase aguda.
Dentre todas as medidas para o tratamento do AVC, a mais importante e efetiva é, sem dúvida, a reperfusão aguda, ou seja, o restabelecimento da oferta de oxigênio e nutrientes para o cérebro o quanto antes.
Nesse sentido, os três objetivos do tratamento agudo do AVC são:
1⃣ Obter a rápida recanalização da artéria ocluída;
2⃣ Otimizar o fluxo colateral;
3⃣ Evitar lesões cerebrais secundárias.
A recanalização e reperfusão são os dois pilares do tratamento da fase aguda do AVC, e podem reduzir o tamanho da área infartada e reverter déficits neurológicos. As duas estratégias principais de reperfusão são a trombólise química e a trombectomia mecânica. Na trombólise química, uma substância chamada ativador recombinante do plasminogênio tecidual (rtPA, ou Alteplase) é injetada na veia ou na artéria, e faz com que o coágulo que esteja obstruindo a artéria seja dissolvido. Já na trombectomia mecânica, utilizamos um cateter intra-arterial que pesca e remove diretamente o coágulo de dentro da artéria que está entupida. Ambos os tratamentos devem ser iniciados o mais rapidamente possível, e em alguns casos os dois podem ser combinados para obter um melhor resultado.