Dr. Ricardo Brito

Aneurismas cerebrais são dilatações focais da parede das artérias cerebrais. Em termos leigos, podemos fazer a seguinte analogia: as artérias são como os canos que estão levando água (sangue) para a casa (o cérebro). Um aneurisma é como uma bolha, uma bexiga ou um balão que está presente na parede do cano. E assim como uma bolha na parede de uma mangueira ou de um cano, a parede do aneurisma é mais fraca do que a parede da artéria normal e, portanto, tem uma tendência a romper.

Quando devo tratar?
É complexo dizer em quem e quando tratar o aneurisma cerebral, pois existem particularidades em cada caso. Geralmente, aneurismas que estão em crescimento e são maiores que 7 mm, ou pessoas hipertensas, tabagistas, com histórico pessoal ou familiar de aneurismas rotos apresentam alto risco de ruptura e portanto devem ser tratados.

Alguns aneurismas são melhores tratados através de uma abordagem cirúrgica, pela clipagem direta, como é o caso dos aneurismas da bifurcação da artéria cerebral média e dos aneurismas gigantes que comprimem estruturas cerebrais próximas. Outros, são melhores tratados através de uma abordagem endovascular, pela embolização do aneurisma, como é o caso dos aneurismas da circulação posterior (isto é, aqueles que surgem nos ramos da artéria vertebral e da artéria basilar) e dos aneurismas em pacientes com comorbidades que aumentem muito o risco de uma cirurgia aberta de grande porte. Na maioria dos casos, entretanto, ambas as técnicas apresentam bons resultados, e a escolha deverá ser feita levando em conta uma série de fatores que serão discutidos caso-a-caso entre o neurocirurgião e o paciente durante a consulta.

Se você possui um destes fatores de risco, procure um médico neurocirurgião.

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